terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Corra, Forrest, Corra!

O filme “Forrest Gump” é considerado um clássico. Assistí-lo foi bastante nostálgico para mim, porque parece cobrir ampla faixa dos meus anos de formação.

O papel que a corrida teve no personagem Forrest Gump, me fez lembrar minha meninice e as muitas vezes em que eu estava correndo para ou de alguma coisa. Outras vezes corria apenas por pura alegria, pelo divertimento e liberdade que experimentava. 

Quando menino, lembro-me de ler a respeito do corredor de longa distância checoslovaco, Emil Zatopec, conhecido por ganhar três medalhas de ouro nas Olímpíadas de verão de 1952, em Helsinque, na Finlândia. Ele ganhou as medalhas de ouro nas provas de 5.000 e 10.000 metros, mas sua última medalha veio quando ele decidiu, no derradeiro minuto, competir na primeira maratona de sua vida. Minha fascinação não se limitava a esse homem assombroso, mas estendia-se a todos que podiam disputar uma corrida de 42.195 metros de distância.

Pouco antes do meu 40º aniversário, enquanto me recuperava de uma cirurgia, li um artigo sobre pacientes cardíacos correndo a maratona de Honolulu, no Havaí. Como corredor de meia distância no secundário e praticante de corrida metade da vida, nunca corri mais de 8 km. Porém, se pacientes cardíacos  podiam fazer isso, eu pensei que eu também poderia. De início, não contei a ninguém os meus planos, mas depois decidi que se não contasse a alguém, poderia desistir. Se contasse para alguém, não teria outra escolha a não ser cumprir meu compromisso. 

Escolhi uma corrida que me proporcionaria um ano inteiro para treinar, escolhi um programa de treinamento e comecei a estender minha distância de corrida até 96 km por semana. Quando você estabelece um treinamento para correr 16 a18 km, fica com bastante tempo para pensar.

Enquanto corria, concluí que a vida em si não é uma corrida de curta distância, mas é mais parecida com uma maratona. Numa corrida de curta distância, a  linha de chegada está claramente visível desde o início. Porém, numa maratona, se quiser terminar bem, você precisa visualizar o cruzamento da linha de chegada, que está fora do alcance de sua vista, e imaginar o prêmio final.

A Bíblia fala a esse respeito. Em 1Coríntios 9.24-25, Paulo escreveu: “Vocês não sabem que de todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre.” 

Ao me preparar para minha primeira competição em maratonas, aprendi que é importante evitar excesso de peso e tudo o que possa nos retardar. As Escrituras também abordam esta verdade: “Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos der tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta” (Hebreus 12.1).  

Outra coisa que aprendi foi que é útil, mesmo necessário, ter alguém que corra ao lado e nos diga palavras de encorajamento. Eclesiastes 4.9 afirma:  “É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas.”

O dia da minha grande corrida finalmente chegou. Quando cruzei a linha de chegada, ninguém poderia se sentir mais orgulhoso. Terminei a maratona em 3 horas e 27 minutos, dois minutos a menos que o tempo planejado.

Você tem pensado acerca da corrida da sua vida e considerado como será quando você cruzar a linha de chegada, quando findar sua vida na terra? Quem está correndo ao seu lado e lhe dizendo palavras de encorajamento?

Por William F. Klumpp

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Prova Quádrupla

Anos atrás fui membro de um capítulo do Rotary Clube, organização internacional de serviços para  profissionais e homens de negócios. Ao longo dos anos esta organização tem ajudado muitas pessoas através de seus projetos beneficentes. Entretanto, esqueci a filosofia fundamental que guia todo bom rotariano. 

Em recente viagem de negócios fui levado a lembrar dessa filosofia quando um amigo convidou-me para uma reunião de seu Rotary Clube. Na abertura do encontro, os membros recitaram o que é conhecido como “Prova Quádrupla” do Rotary Internacional, e é também exibida com destaque em banner nos encontros. Se você não está familiarizado com a “Prova Quádrupla”, ela diz assim:

·         É a verdade?

·         É justo para todos os interessados?

·         Criará boa vontade e melhores amizades?

·         Será benéfico para todos os interessados?

Que tal se todo mundo, e não apenas os rotarianos, levassem essas regras a sério ao interagir e se comunicar com outras pessoas? Quanto as coisas poderiam ser diferentes? Imagine se todas as pessoas e todas as empresas sustentassem os parâmetros dessas quatro simples perguntas?

Para começar, muito do que nossos candidatos eleitos para o serviço público dizem, teria que ser retificado e eles teriam que pedir um monte de desculpas pelo que disseram. Se fossem humildes teriam inclusive que pedir perdão. Quando os fatos são distorcidos e os oponentes deturpados, tudo para ganhar vantagem política, eles violam todas as quatro regras do teste.

Muito do que lemos na mídia não deveria ser postado, porque em muitos casos palavras são usadas como armas para ferir, e não como ferramentas para construir. Comentaristas de notícias na TV ou no rádio teriam que frequentemente praticar o adágio “o silêncio é de ouro”. Ou então reagrupar os fatos de maneira tal que não fossem manipulados para apoiar sua tendência ideológica e enganar telespectadores e ouvintes. 

Casamentos seriam transformados, quando maridos e esposas optassem por entendimento e consideração, e não pelo impulso emocional de guiar sua conversação e moldar seu relacionamento.

E no ambiente de trabalho, fazendo apresentação de vendas, interagindo com empregados, clientes e colegas, ou procurando atrair novos negócios, teríamos que moldar nossa comunicação para que sustentasse aquelas quatro desafiadoras perguntas. 

Se todos nós, ativa e entusiasticamente adotássemos essa “Prova Quádrupla”, poderíamos ser persuadidos a aplicar a exortação da Bíblia em Efésios 4.29: “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem.”

Você pode imaginar o impacto em todo o mundo se as pessoas fizessem isso?  

Por Robert Tamasy

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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Sempre Há Mercado para o Exclusivo e o Melhor

Quando jovem, comprei 100 pintinhos para realizar um projeto agrícola extracurricular. Não se passou muito tempo e eu me vi envolvido no negócio de ovos. Depois de adquirir meu primeiro carro, aos 16 anos, iniciei uma rota dos ovos, entregando ovos a clientes diretamente em suas casas. 
Foi uma grande surpresa descobrir que as pessoas estavam dispostas a pagar um preço um pouco maior, porque meus ovos eram maiores e tinham sabor melhor que os comprados no supermercado, do tipo que estavam acostumados a consumir. Chamei-os de “ovos frescos da fazenda”. O termo atual seria “ovos orgânicos”. 
Uma vez que eu não tinha recursos para comprar gaiolas para minhas galinhas, deixei que as aves se alimentassem sozinhas e comessem insetos ou qualquer coisa que achassem para comer. Resultado: as aves e eu ficávamos satisfeitos. Isso significava menos trabalho para mim e as galinhas podiam comer o que e quando quisessem. Eram aves criadas livremente, que estavam felizes e produziam ovos de excelente qualidade. 
Essa primeira aventura empresarial indiretamente me levaria à profissão de toda uma vida: a fotografia. Usei o dinheiro ganho com os ovos para comprar meu primeiro gravador e uma câmera de 35 milímetros. O gravador perdeu importância com o passar do tempo, mas a câmera deu origem ao meu amor por capturar imagens de pessoas e objetos. 
Assim aprendi o valor da iniciativa e da inovação. Mas talvez a lição mais importante tenha sido aprender que sempre haverá demanda por algo exclusivo e melhor, especialmente quando comparado com o que os grandes negócios já estabelecidos estão fazendo. Esta filosofia tem me servido muito no decorrer da minha carreira. Temos visto isso demonstrado em muitas áreas, especialmente na área de tecnologia e de computadores. Grandes corporações podem contar com grandes recursos, potencial humano e redes de marketing, mas se você puder criar algo exclusivo e melhor, terá grande chance de sucesso.
Anos atrás aprendi que esse princípio se aplica também à esfera espiritual. A maioria dos sistemas de crenças enfocam comportamento, rituais e regras, e formas de alcançar a aprovação divina. Ao me deparar com as verdades da Bíblia, aprendi que Deus também oferece algo exclusivo e melhor – amor, graça e misericórdia que são dados livremente. Na verdade, aprendemos que o Deus da Bíblia nos salvou “não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à Sua misericórdia” (Tito 3:5). Isso é exclusivo, totalmente diferente de qualquer religião. 
Jesus ainda prometeu qualidade de vida além de qualquer coisa que pudéssemos imaginar: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (João 10.10). Esta não é uma promessa vazia, mas algo que tenho experimentado em minha vida.
Para as ocasiões na vida quando nos damos conta de que as coisas não estão funcionando - no trabalho, em nossos lares ou nas buscas pessoais – Deus oferece oportunidade de novo começo. Em Isaías 43.19 Ele declara:“Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem? Até no deserto vou abrir um caminho e riachos no ermo.”
Se pensarmos em termos de “exclusivo e melhor”, esta e muitas outras promessas bíblicas se encaixam na descrição.  
Por Jim Mathis
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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Atribuindo Responsabilidades

Quando tenho um projeto que requer apenas minha perícia, descubro que é fácil manter o foco para produzir um resultado excelente. Se o projeto exige o trabalho de toda uma equipe, porém, torna-se mais complexo atingir a excelência.

Uma equipe normalmente é composta de várias pessoas, com diferentes perspectivas, experiências e ideias sobre como algo deve ser abordado e concluído. Para tornar tudo ainda mais complicado, líderes de equipes, inclusive eu mesmo, geralmente se esquecem do passo simples que é atribuir responsabilidades para atingir o resultado desejado.

Duas afirmações comumente usadas e que se aplicam aqui me veem à mente. Uma diz, “O todo é maior do que a soma das partes.” Em outras palavras, pessoas com uma variedade de talentos, dons e habilidades podem realizar mais coletivamente do que se fossem operar independentemente uns dos outros. Assim, é importante delegar tarefas e atribuições de acordo com as respectivas forças e capacitações dos membros da equipe.

A segunda afirmação é: “Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós juntos.” Ás vezes, líderes se sentem tentados a controlar todo o planejamento e tomadas de decisão, confiantes de que sabem o que é melhor. Mas um resultado melhor que aquele previsto pelo líder pode ser alcançado ao se confiar na inteligência coletiva da equipe. 

Este princípio de atribuir responsabilidades a diferentes membros da equipe de acordo com suas habilidades aparece repetidas vezes na Bíblia. Por exemplo, depois de sua fuga do Egito, os líderes da nação de Israel foram confrontados com a difícil tarefa de governar o povo. Moisés era o líder, mas ele não poderia tomar todas as decisões sozinho.   

O sogro dele Jetro, foi quem reconheceu a necessidade de compartilhar o fardo de resolver as disputas legais, dizendo a Moisés: “O que você está fazendo não é bom. Você e o seu povo ficarão esgotados, pois essa tarefa lhe é pesada demais. Você não pode executá-la sozinho” (Êxodo 18.17-18). Jetro prosseguiu recomendando como Moisés poderia delegar de forma apropriada as responsabilidades judiciais, reservando apenas os casos mais difíceis para si. 

Mais tarde, Deus estabeleceu os procedimentos para os cuidados com o centro de adoração dos israelitas, dividindo os deveres entre os homens que tinham sido formalmente designados como sacerdotes. Números 18.1 afirma: “O Senhor disse a Arão: Você, os seus filhos e a família de seu pai serão responsáveis pelas ofensas contra o santuário”.  Arão era um líder bastante capaz, mas para que o trabalho fosse realizado de modo apropriado era necessário que fosse dividido com outras pessoas.

Líderes podem se sentir inclinados a tentar fazer sozinhos todo o trabalho. Afinal de contas, eles sabem exatamente o que querem ver alcançado, e de que forma gostariam que fosse realizado. Porém, uma das muitas vantagens do trabalho em equipe é ter indivíduos que podem contribuir com o esforço geral, e compartilhar o fardo, evitando que ele se torne pesado demais para uma só pessoa. 

Como declara Eclesiastes 4.8-12, “Havia um homem totalmente solitário...Trabalhava sem parar!...É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas... Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade.” 

Se você deseja que sua equipe alcance a excelência, assegure-se de dividir especificamente as responsabilidades, e depois fazer que todos prestem contas pela conclusão do trabalho. 

Por Rick Boxx

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