sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A Arte de Delegar

Por Sonia Jordão

Uma definição de delegar: é o processo de transmitir certas tarefas e obrigações de uma pessoa para outra; em geral, de um superior para um colaborador. Aquele que recebe o poder delegado tem autoridade suficiente para concluir o trabalho, mas aquele que delega fica com a total responsabilidade pelo seu êxito ou fracasso.

Quando delegar alguma tarefa, acompanhe os que receberam a delegação, peça que prestem conta em cada etapa do processo e não só ao final do trabalho.

A delegação é, fundamentalmente, um sistema de confiança. Quando realmente delega autoridade a uma pessoa, você demonstra sua confiança nela. Para obter flexibilidade e agilidade, os líderes precisam delegar poder e atribuições inerentes a cada tarefa, de tal forma que não fiquem diretamente envolvidos nas mesmas, mas continuem com a responsabilidade final do processo.

À medida que você delega você incentiva o desenvolvimento do conhecimento e das habilidades de seus colaboradores, os quais se tornam capacitados a resolver problemas na ausência dos líderes e têm a oportunidade de testar mais idéias e implementar soluções criativas, bem como de adquirir maior autoconfiança e desenvolver habilidades gerenciais.

Líderes devem saber delegar. A delegação de poder de maneira criteriosa aumenta o poder de quem o delega. Ao conceder aos colaboradores mais autoridade e ferramentas para executarem o serviço, o líder amplia sua influência e o colaborador adquire maior incentivo para trabalhar. Quanto mais delega atribuições, mais o líder penetra na essência de sua função: que não é “fazer” e sim “mobilizar para que os outros façam”.

Tenha em mente que delegar ajuda tanto a quem delega quanto a quem recebe a tarefa, pois permite que esses se desenvolvam. Ao delegar uma tarefa o líder não fará diretamente o serviço, mas precisará supervisionar e orientar aqueles que o fazem. Com esse procedimento você não terá tanto medo de que os outros não sejam capazes de executar a tarefa e estará dando treinamento para que possa supervisionar e orientar cada vez menos.

Às vezes os líderes acham que as pessoas nunca estão preparadas para assumir uma tarefa. Se não delegarem, realmente nunca estarão.

Imagine um líder que tenha um salário de $10 a hora. Se ele precisa de 5 horas para executar uma tarefa, ele gastará $50. Já se um colaborador, cujo salário é $3 a hora, precisar de 10 horas, mesmo sendo o dobro do tempo necessário o custo para a organização será menor. Além do mais, provavelmente na próxima vez que se precisar executar a tarefa, o colaborador precisará de menos tempo, e o custo será menor ainda.

O pior de tudo é que em função das razões descritas os líderes às vezes se cercam de pessoas de capacidade inferior a sua. Não tenha medo de ter em sua equipe pessoas melhores do que você, mas procure tê-las como aliadas. Se você se cercar de pessoas incompetentes por medo, nunca conseguirá atingir suas metas. Um outro motivo é que com bons resultados será mais fácil você se mudar para uma organização melhor ou maior.

Delegar com sucesso é uma habilidade e uma qualidade que você como líder deve adquirir. Agora, delegar é um processo para quem aceita correr riscos; e o “delegador” precisa ter paciência e incentivo. Evite fazer como muitas pessoas que mesmo achando que delegar é um procedimento sensato temem as conseqüências a ponto de evitar fazê-lo. Procure deixar claro àqueles que assumem as tarefas que eles também devem delegar tudo o que puderem a outros colaboradores. Agindo assim você estará criando na organização onde trabalha uma nova cultura.

“O único homem que não comete erros é o que nunca faz nada. O importante é nunca cometer duas vezes o mesmo erro” (Franklin Roosevelt).

Texto extraído do Livro A Arte de Liderar – Vivenciando Mudanças num Mundo Globalizado

Sonia Jordão  é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? – Como deixar de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

MACONHA É DROGA E FAZ MAL À SAÚDE!

Maconha é droga ilícita! No Brasil, é ilegal fumar maconha! 

Por mais estranhas que possam parecer as afirmações acima (em virtude do que percebemos em nosso dia-a-dia), as mesmas são verdadeiras!

É que apesar de o conceito de ser ou não ser droga estar muito acima da questão da legalidade (droga é qualquer substância psicoativa que trás alterações ao organismo), no caso da maconha se tornou ilícita, entre outros fatores, em virtude das tão significativas alterações ocasionadas e pela deformação na qualidade da personalidade, ou seja, no caráter.

A síndrome amotivacional ou letárgica em que o usuário perde o interesse por tudo o que não seja relacionado à droga (a droga da preguiça!) é apenas um dos sintomas. É a síndrome de quem passa a vida  -  e a vida passa!  - como que estivesse sempre "enxugando gelo!"

E lamentável é o aumento de "enxugadores de gelo" em nossa sociedade, que se auto anestesiam, incapazes de enfrentar o cotidiano conforme ele se apresenta. Na verdade o ser humano não necessita de qualquer substância externa para obter prazer ou para “ser feliz”, já que a natureza nos proveu de endorfinas, com tal finalidade.

Constatável entre os usuários da maconha - “cannabis sativa” – são os déficits consideráveis na capacidade de aprendizagem, na memorização, justificando o que nos apresenta o cientista David Ferguson, em seu estudo - o mais conceituado sobre o tema, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde -, quando conclui, a droga que emburrece!, ou como diríamos nós brasileiros, a que os torna “inteligentes pra burro!”.

São inúmeras as comprovações científicas que nos mostram a tendência de desenvolver doença psíquica qualquer, precipitando sua manifestação e o uso anulando a ação dos remédios, em caso de tratamentos, retornando toda a sintomatologia. Comuns também o aparecimento de problemas pulmonares e a diminuição sensível dos níveis do hormônio masculino testosterona, podendo causar no homem esterilidade.

E como se tudo isso não bastasse, a família sofre, a sociedade adoece, a violência ( doméstica e urbana) é potencializada, grandes são os custos e enormes são os danos sociais e o impacto à saúde pública!

O que fazer? Sem dúvida alguma priorizar ações de prevenção junto às escolas, aos movimentos religiosos, às ações comunitárias, onde se encontram as famílias, buscando sensibilizá-las, bem informá-las e desfazendo os mitos.

Em relação ao uso infrene da droga, já instalado, nós do Conselho Antidrogas de Santos (COMAD) temos defendido o fortalecimento de verdadeira frente de ação entre as polícias, os conselhos de segurança e outros conselhos (onde se encontra representada também a sociedade civil organizada, além do poder público), com capacitações e treinamentos especializados, onde o policial militar, por exemplo, sinta-se encorajado a atuar e o policial civil incentivado a registrar quantos termos circunstanciados forem necessários (e, diuturnamente, muitos e muitos são necessários!), para que se cumpra a nova lei sobre drogas ( nº 11.343 em seu art. 28), chegando ao Judiciário para que possa aplicar o cerceamento de direitos (vez que não há para o usuário pela aprimorada lei o cerceamento de liberdade).Todos unidos contra a corrente desinformada ou mal intencionada, que visa banalizar o uso da droga.

Seria muito simplista achar que a solução se encontra apenas nas câmeras de monitoramento instaladas pela cidade, não obstante serem as mesmas, na somatória, de grande valia.

Precisamos sim de união para, no mínimo, junto atenuarmos a grave problemática.Levemos em conta que a maconha hoje comercializada é, pelo menos, dez vezes mais potencializada em seu princípio ativo (THC), do que há décadas atrás, aumentando sobremaneira as conseqüências de sua ação destrutiva.

A ciência adverte (e a inteligência e o bom senso também!), maconha é droga, causa dependência e faz mal à saúde!

(Eustázio Alves Pereira Filho, advogado, psicólogo especialista em adolescentes, família e tratamento da dependência química)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A única coisa certa é a mudança!

Vivemos num mundo no qual as mudanças são cada vez mais constantes, seja no comportamento humano, seja no meio ambiente, seja nas relações interpessoais ou até mesmo no meio empresarial. Quer um exemplo? A tecnologia.

Antes da invenção do celular, não tínhamos como “acessar” uma pessoa instantaneamente.

Quando participávamos de um evento, não saíamos da sala, pois não havia um aparelho tocando ou vibrando em nossos bolsos. Não era tão fácil sair de uma reunião ou de um encontro importante. Havia mais respeito pela privacidade e pelo profissional. Hoje, o celular já vem com opção de simular chamada... Impressionante!  Quer dar uma saída da reunião? Simula uma chamada!

Mas não parou por aí... Quando a rotina dos e-mails chegou, “o bicho pegou” de vez! Recebemos e-mails em forma de avalanche e, quando menos esperamos, somos cobrados por alguma posição sobre um assunto que acabou de chegar a menos de um minuto! E todos os e-mails vêm marcados como importantes! Até aqueles que te convidam para participar do amigo secreto faltando dois meses para o final do ano.

Se você deixa de atender o celular ou responder um e-mail “miojo” –  aquele em que a resposta tem que estar pronta em 3 minutos –, já tem seu profissionalismo e competência cogitados.

E as redes sociais? Coitado de você se não tiver orkut, facebook, twitter, linkedin, blog, e por aí vai... Ah, e tudo isso já está disponível no celular! Por falar nisso, utilizamos mais o celular para outras atividades do que para realizar ou receber chamadas, já reparou? Talvez você até esteja lendo este artigo via celular...

Mas isso é ruim? Claro que não! Essa mudança foi necessária e inevitável, não somente pela entrada da nova geração Y no mercado, mas também pela necessidade de agilizarmos os negócios... O mundo está ficando mais rápido... Por este motivo já não sentimos o tempo passar...

Acabamos nos adaptando às situações ou por interesse ou por necessidade. Quando percebemos, já estamos conectados em nossas redes sociais, sejam profissionais ou pessoais.

Contudo, se soubermos fazer tudo isso de forma comedida, acaba se tornando agradável. Hoje, consigo manter contato com amigos de primário, do colégio, da universidade, de empresas e familiares.

Consigo me guiar pelas ruas por meio de um GPS instalado no carro, o que é muito útil para mim, pois meu sentido espacial não é muito bem desenvolvido. Além disso, consigo atender o celular sem precisar segurá-lo, pois o GPS vem com bluetooth e posso conversar naturalmente, como se estivesse interagindo com o além...

Foi difícil a adaptação? Depende... Se você for resistente às mudanças, até trocar o sofá de lugar na sala é um parto com fórceps. Caso contrário, pode haver alguma dificuldade, mas, sendo flexível, você certamente se adaptará.

Saindo do campo tecnológico, podemos partir para o espiritual. A perda de uma pessoa querida é a maior prova da nossa capacidade de adaptação... No início é doloroso, mas depois nos reconfortamos e seguimos em frente. É o ciclo da vida.

Se nossa espécie está a tanto tempo vagando neste planeta, podemos afirmar que a capacidade de mudança já está no DNA do ser humano, portanto, páre de reclamar e seja resiliente! Caso esteja passando por momentos de mudança na vida pessoal ou profissional – os famosos planejamentos estratégicos –, páre de criticar e tente enxergar os pontos positivos de uma mudança... Não afirme que “não dá prá fazer” antes de tentar, antes de ouvir a proposta... E se você é quem está propondo alguma mudança, não desista quando esbarrar nos primeiros pessimistas... Não se esqueça que os grandes gênios da humanidade passaram por isso quando insistiram em seus projetos.

Enfim, mudanças são necessárias, inevitáveis e podem ser agradáveis... E o pior - ou melhor - quer você queira ou não, elas acontecerão.

Bom, voltando ao celular, aproveite logo as funcionalidades do aparelho que acabou de comprar, pois em menos de um mês outro modelo mais avançado vai aparecer. Sem falar nos ipads e tablets da vida...

Para finalizar, replico uma frase curta, mas de grande impacto dita por Confúcio:“Somente o que muda permanece”.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Nossas Decisões e Suas Consequências

Por Ken Korkow

Na vida, quando as coisas ficam fora de controle, a quem atribuir culpa? A experiência me ensinou que sou eu quem cria grande parte do meu próprio caos. E creio que isso pode se aplicar a você também! É universal: somos individualmente responsáveis pela turbulência em nossas vidas, ao menos por grande parte dela.

Vivemos em um mundo em que as pessoas querem lançar culpa das circunstâncias sobre alguém ou alguma coisa: pais, empregados, ambiente, sociedade, situações. Na realidade, porém, quando as coisas dão errado e queremos saber o motivo, tudo o que precisamos fazer é olhar no espelho. 

Por exemplo, se você comprar um carro e depois não gostar dele, a pessoa que decidiu comprá-lo e tomou essa decisão, criando uma “agenda de manutenção” que se tornou problemática, foi você.

Alguns veem a insatisfação no casamento aumentar, mas foram eles que decidiram dizer “sim” para legalizar a união com seu cônjuge, e criaram outro tipo de “agenda de manutenção”, que os deixou desiludidos e desapontados. 

Você já se sentiu infeliz com seu trabalho? Conscientize-se que você decidiu trabalhar ali, influenciou ou permitiu condições que contribuíram para seu sentimento de desconforto, infelicidade e insatisfação. 

Vez após outra tenho aprendido que grande parte das consequências difíceis e desafiadoras com as quais tive de lidar foi resultante de minhas decisões prévias, erradas ou deficientes. O que posso fazer a respeito? Embora eu não possa mudar o passado, tento agora tomar decisões melhores desde o início.

Como aprendemos a tomar decisões melhores e moldar um futuro mais atraente e satisfatório? Existem muitas maneiras de tentar, mas descobri que a melhor delas é ler diligentemente a Bíblia todos os dias. Durante essas leituras diárias deparei-me com a seguinte passagem que oferece discernimento especial:

Jesus disse a Seus seguidores:“Por que vocês Me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que Eu digo? Eu lhes mostrarei com quem se compara aquele que vem a Mim, ouve as Minhas palavras e as pratica. É como um homem que, ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha.  Quando veio a inundação, a torrente deu contra aquela casa, mas não a conseguiu abalar, porque estava bem construída. Mas aquele que ouve as Minhas palavras e não as pratica, é como um homem que construiu uma casa sobre o chão, sem alicerces. No momento em que a torrente deu contra aquela casa, ela caiu, e a sua destruição foi completa” (Lucas 6.46-49).

Frequentemente ouço: “Insanidade é fazer a mesma coisa vez após outra, esperando obter resultado diferente.”  Se você está satisfeito onde se encontra, permaneça. Mas se está experimentando áreas de insatisfação, e mesmo sofrimento, sugiro que cave profundamente na Palavra de Deus, para poder fazer o que Ele lhe manda fazer. Descobri que, como foi Ele que nos projetou, Ele sabe como funcionamos melhor e nos instrui de acordo com isso.

Deus é o Pai que verdadeiramente sabe o que é melhor. 

Próxima semana tem mais!


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Começando bem a semana…

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Como Ser Ouvido…

Robert J. Tamasy

Vivemos em um mundo barulhento. A competição por nossa atenção é infindável e implacável: rádio, TV, iPhones, programas de entrevistas com pessoas gritando umas com as outras... Mesmo comunicações silenciosas tiram nossa concentração: emails, Internet, SMS's. É espantoso que consigamos dar conta do trabalho com tanta distração! 

Diante desses obstáculos, como podemos atrair a atenção de alguém? É um problema que não tem solução fácil. “Grite mais alto. Seja rude e interrompa. Faça algo ousado e bizarro. Talvez desconecte o computador da pessoa". Lembra-se do “combata o fogo com fogo”? O lema de hoje parece ser, “combata barulho com barulho”.

E, quando todos parecem estar falando de uma maneira ou de outra enquanto ninguém está ouvindo, causa surpresa que nos digam, e até mesmo prometam, que existe um lugar onde somos sempre ouvidos: o Trono celestial de Deus!

A Bíblia nos assegura que o Deus do Universo ouve nossas orações individualmente e as responde: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, Ele nos ouvirá. E se sabemos que Ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que Dele pedimos” (I João 5.14-15). 

Quando buscamos nos comunicar com Deus, jamais somos colocados “em espera”, nem precisamos deixar mensagem na caixa postal, ou obtemos sinal de ocupado. Esta é a promessa Dele. E não precisamos nos recolher a uma igreja ou local religioso: podemos falar com Deus em qualquer lugar, a qualquer hora e sobre qualquer assunto!

Os negócios sofreram reviravolta negativa? Fale com Deus sobre isso. Você está pensando em mudar de carreira? Pergunte a Deus o que Ele acha. Dificuldades com finanças? Peça ajuda de Deus. Seu chefe é difícil? Queixe-se com Deus. Veja o que a Bíblia diz sobre o falar com Deus: 

Deus ouve as orações dos que O seguem. Um dos requisitos para se aproximar de Deus em oração é ser membro da Família Dele – os que foram justificados com Ele através de Jesus Cristo. “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os Seus ouvidos estão atentos à sua oração” (I Pedro 3.12). 

Deus ouve quando pedimos sabedoria. Uma coisa que empresários e profissionais precisam desesperadamente é sabedoria, e Deus prontamente a dá quando solicitada. “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida” (Tiago 1.5). 

Deus ouve as orações dos que confiam Nele. Uma das piores coisas que podemos fazer é pedir ajuda de um amigo e duvidar que ele nos ajude. Com Deus acontece o mesmo. “E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão” (Mateus 21.22).

Deus ouve as orações com motivação correta. Um tipo de oração que Deus rejeita é aquela baseada em desejos e motivos egoístas. “Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres” (Tiago 4.3).

Próxima semana tem mais!


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Quando Nos Sentimos Sós

Por Robert J. Tamasy

Jamais esquecerei minha primeira viagem a Europa! Como ia participar da Convenção Mundial do CBMC, em Rothenburg ob der Tauber, Alemanha, fiz arranjos para viajar uma semana antes e juntar-me em Budapeste aos meus tios, viajantes experientes. Estava entusiasmado para ver o país onde nasceram meus avós e visitar Giessen, Alemanha, onde nasci quando meu pai servia ao exército americano. 

O voo de Atlanta decorreu sem incidentes. Mas quando aterrissamos em Stuttgart, Alemanha, o piloto avisou que o avião estava com problemas mecânicos e não poderia seguir a Budapeste. Os passageiros seriam levados a Frankfurt, a fim de conseguirem um voo alternativo. 

Nunca me senti tão só! No ônibus para Frankfurt, ouvindo as pessoas conversar animadamente em alemão, eu mal entendia uma palavra. “Como vou saber de que modo conseguirei voo para Budapeste?”, pensei. “E como meu tio vai saber quando eu desembarcar? E se ele não estiver lá, o que farei? Também não falo húngaro!”

Como pode imaginar, essa primeira experiência internacional me encheu de ansiedade. Ao final, todas as minhas preocupações foram solucionadas. Aproximei-me de outros viajantes que falavam inglês e recebemos instruções sobre nossa conexão. Quando cheguei a Budapeste, meu tio, americano que falava fluentemente húngaro me esperava, embora eu tenha chegado com várias horas de atraso. 

Você já experimentou algo assim? Talvez você tenha estado em meio a um grande projeto e sentiu-se isolado, sozinho,

sem ninguém a quem pedir ajuda. Ou pode ter lutado com alguma difícil questão pessoal sozinho, como turbulência no casamento, filho seriamente doente, delicados problemas financeiros ou crise na carreira. Como você se sentiu?

Aprendi que a Bíblia oferece animadoras propostas sobre o que devemos fazer em momentos de “total solidão”:

Nunca estamos sós. Podemos estar em uma multidão de milhares de pessoas e, ainda assim, nos sentirmos sós. Podemos não ver um só rosto familiar, mas Deus promete estar com Seus seguidores, onde quer que estejam. “Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a Minha mão direita vitoriosa”  (Isaías 41.10). 

Deus jamais nos abandona. Durante nossa vida, inevitavelmente nos confrontaremos com incertezas, às vezes com momentos aterradores. Mas Deus promete permanecer com Seus filhos, não importando as circunstâncias. “Sejam fortes e corajosos. Não tenham medo nem fiquem apavorados... O Senhor, o seu Deus, vai com vocês; nunca os deixará, nunca os abandonará” (Deuteronômio 31.6).

Não escapamos de Deus. Há um ditado que diz: “Você pode fugir, mas não pode se esconder”. A Bíblia diz que isso é verdadeiro em relação a Deus. Podemos estar perdidos numa grande cidade desconhecida, sozinhos em um quarto de hotel ou em nossa mesa de trabalho, sentindo-nos sobrecarregados. Não importa onde: Deus promete estar ali conosco! “Para onde me irei do Teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face? Se eu subir ao céu, Tu aí estás; se fizer nas profundezas a minha cama,Tu ali também estás” (Salmos 139.7-8).

Próxima semana tem mais!


O líder coach e sua importância corporativa

Fernando Borges Vieira

No mundo corporativo não são raras às vezes nas quais um profissional é alçado à condição de líder. Problema algum haveria se este profissional almejasse esta liderança, o que pressupõe tenha se capacitado e orientado seus esforços neste sentido. Problema haverá sim se o mesmo passou a líder sem que estivesse atento a esta possibilidade, o que faz pressupor, por sua vez, que ele não tenha se preparado.
Um dos primeiros dentre tantos questionamentos que orbitarão a mente do novo líder será sobre qual estilo de liderança adotar. Neste sentido, enumero as seis principais espécies de líder:

1- O educador (coach), que realiza junto com o liderado de sorte a ensiná-lo;
2- O democrático, aquele que ouve e aprende com quem sabe realizar;
3- O liberal, que deixa realizar quem já sabe realizar;
4- O autocrático, que apenas determina o que e como tem de ser realizado;
5- O popular, que é carismático e mantém bom relacionamento com todos;
6- O ausente, ou seja, aquele que não acompanha de perto seus liderados.

Exceção feita ao líder ausente (será que é líder?), todas as demais espécies e características hão de compor o perfil de liderança, pois caberá ao líder buscar o equilíbrio e adaptar suas ações ao liderado, ao grupo e ao momento.

Contudo, merece atenção ao líder coach, aquele que desenvolve as
competências de seus liderados e permite que cada qual contribua de modo mais eficaz à consecução de um objetivo comum.
Este líder, antes de tudo, deverá se perceber como líder e não como chefe -- este possui objetivos sem visão ampla, apenas informa e treina seus subordinados, é centrado no produto e no resultado, obedece às diretrizes de um projeto e as executa, é tão somente leal ao valor predominante, é eficaz e estável. O líder, por sua vez, possui objetivos e uma visão do todo. Ele se comunica, é centrado no cliente e no resultado, desenvolve e orienta seus subordinados, critica as diretrizes, sugere alternativas e, mais do que leal, é comprometido com o valor dominante; é inovador e empreendedor.
O líder-treinador (coach) age sobre o liderado para que suas capacidades se desenvolvam e se exteriorizem e, para tanto, vale-se de treinamento (coaching) que, em brevíssima síntese, nada mais é do que um processo integrado por atuações voltadas ao autodesenvolvimento, por meio do qual o líder desenvolve as competências de seu liderado e o orienta de forma a mantê-lo sempre alinhado e congruente com suas metas e seus objetivos.

O verdadeiro coach apresenta as seguintes características técnicas e
conhecimento de habilidades:

1- Utiliza a disciplina como motivação e estímulo: os outros são o fim; os objetivos e metas formam junto com o resultado o seu corolário; ele utiliza muito o recurso de reuniões e procura e valoriza muito a sinergia; delega, orienta e reconhece;
2- Estimula o feedback: tem o desempenho como resultado, transforma os erros em aprendizado e promove o desenvolvimento;
3- Conserva a habilidade de ouvir e considerar: ele respeita e reconhece as ações de seus liderados (seu fim), canaliza os conflitos na direção do crescimento, usa a crítica como ferramenta e incentiva o trabalho em equipe.

De fato não há mais espaço para àqueles chefes ortodoxos e burocráticos, pois o mundo corporativo anseia por verdadeiros líderes que, além de fazerem a diferença na busca de melhores resultados, são capacitados para o coaching.
Estes profissionais são muito valorizados, sobretudo por conservarem a capacidade de transformar as pessoas e o mundo à sua volta, extravasando a mesmice da qual muitas empresas são reféns.
Mais do que agente desta mudança, ao coach compete disseminá-la,
preparando seus liderados para que desenvolvam suas competências e
garantam a continuidade - e também disseminação - da criticidade e de uma cultura corporativa diferenciada e produtiva.

E você? Está preparado para ser um verdadeiro líder coach ou continuará a ser o chefe de sempre?


*Fernando Borges Vieira - É sócio do escritório Manhães Moreira Advogados Associados, onde coordena as áreas de Inteligência das Relações de Trabalho e Comunicação Corporativa. Matéria publicada no Portal da Revista Você RH, edição de Julho de 2012

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A Influência do Mentor

Por Jim Mathis

Quando estava na faculdade, nos anos sessenta, chamou minha atenção um anúncio recorrente na contracapa das revistas sobre fotografia que eu lia. Falava sobre um lugar que tinha capacidade de ampliar a sensibilidade do filme ektachrome para 1600, algo desconhecido para a época.

O endereço era intrigante: uma casa em Prairie Village, Kansas. Eu imaginava uma casinha na pradaria, igual à de uma série da TV da época. O nome do laboratório fotográfico era, “Elgin Smith’s Studio 35”. Mais tarde aprendi que Elgin Smith era conhecido mundialmente como “aquele camarada do Kansas que sabia tudo sobre ektachrome”.  

Quando me mudei para Kansas City em 1971, procurei o Sr. Smith na vizinha Prairie Village. Em breve nos tornamos bons amigos e quando abri o meu próprio laboratório em 1973, Elgin Smith tornou-se meu mentor. Ele e a esposa Dorothy, enviaram vários trabalhos, dando ao meu negócio um grande pontapé inicial.

Sempre que mencionava o nome de “Elgin Smith” a alguém do ramo fotográfico, recebia a mesma resposta: “Que grande pessoa!”, ou, “Elgin é a pessoa mais legal que se pode conhecer”.

Ele tinha outra característica importante: busca incansável por excelência. Tudo quanto fez foi da mais alta qualidade. Elgin Smith não aceitava nada menos que isso.

Ao longo dos anos percebi que aquelas eram qualidades que também me esforçava para alcançar. Sempre fico satisfeito quando alguém me descreve como um “cara legal”. Gosto de pessoas e busco ser alguém de quem se goste. Mas também busco excelência em tudo que faço: na fotografia, na música, escrevendo e nos meus relacionamentos. 

É muito significativo para mim saber que essas qualidades recebem bastante atenção na Bíblia. Entre os valores básicos do cristianismo estão: “Amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade e domínio próprio” (Gálatas 5.22-23).

Gosto da passagem que diz: “Por isso mesmo, empenhem-se por acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor” (2Pedro 1.5-7). 

A Bíblia ressalta também a importância de trabalhar com excelência: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens” (Colossenses 3.23). Para mim isso significa fazer tudo com o melhor de nossa habilidade, como se Deus estivesse olhando por cima de nossos ombros, avaliando nosso esforço e qualidade do nosso trabalho. 

Meu mentor Elgin Smith faleceu, mas sua influência em minha vida permanece, especialmente seus exemplos de procurar ser uma pessoa boa e amigável e realizar tudo com excelência. Até hoje frequentemente penso: “O que Elgin Smith faria?”

Próxima semana tem mais!


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Escalando o Topo

Rick Boxx

Alison Levine fez uma trilha surpreendente ao topo do Monte Everest, que a maioria jamais pensaria em tentar. Ela falou dessa experiência em cadeia de rádio e TV, descrevendo os preparativos intensivos que precisou fazer.

O corpo humano, ela explicou, não tolera a altura extrema e as condições atmosféricas incomuns do Everest sem passar por meses de preparação. Os alpinistas não podem simplesmente juntar seus equipamentos e começar a escalada. É necessário muito preparo até que o corpo esteja pronto.

No início são necessárias semanas de escalada até o primeiro nível da montanha, retornando ao acampamento-base. Depois, escalam o próximo nível e regressam novamente. Este processo continua até que o corpo se aclimate e esteja totalmente preparado para subir ao topo da montanha mais alta do mundo. 

Esses princípios de alpinismo podem se aplicar ao campo profissional e empresarial. Assim como o Monte Everest representa aventura e busca grandiosa para muitos dos que se envolvem com alpinismo, o trabalho também tem “Everestes” que sonhamos conquistar. Pode ser uma ideia empolgante, um objetivo grandioso ou um conceito de negócios único. Seja o que for, alcançá-lo requer planejamento, treinamento, preparação e provisão suficiente. 

Assim como os preparativos da senhorita Levine para escalar o Monte Everest, às vezes nosso trabalho ou empresa aparentemente tem de recuar, regressando ao acampamento-base. Mas com perseverança, essa “caminhada para trás” pode ser um preparativo necessário para uma jornada bem-sucedida ao topo. 

Hoje muitos insistem no sucesso instantâneo, na gratificação imediata de seus desejos. A TV, a intermediação da Internet e o poder de comunicação da mídia social, nos levam a esquecer que sucesso geralmente requer dispêndio considerável de tempo, energia, recursos e... paciência. 

Com frequência esperamos ser recompensados em semanas, não anos. Contudo, ao considerar a história de negócios e empreendimentos, muitas das grandes realizações só vieram após muitos anos de esforço, tentativas, erros e fracassos. Inúmeras grandes ideias morreram sem alcançar sucesso, porque faltou determinação aos idealizadores para se apegar firmemente a elas. Não estavam dispostos a avançar e depois retornar ao “acampamento-base”, avançar mais um pouco e recuar novamente, até estarem inteiramente preparados para a arrancada final rumo ao sucesso. 

A Bíblia fala claramente sobre este assunto. Tiago 1.4 ensina: “E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma”. Perseverança é mais que resistência, que quer dizer “aguentar firme”. Perseverar significa ter um objetivo em mente, um plano a atingir e o compromisso de levá-lo adiante até completá-lo.

Um texto similar em Romanos 5.3-5 diz: “...A tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona...”. Permanecemos no processo, mesmo quando precisamos recuar ou encontramos dificuldades, devido à expectativa de resultados satisfatórios.

Se você busca escalar até o topo de sua carreira profissional, esteja disposto a começar pelos preparativos iniciais. 

Próxima semana tem mais!