terça-feira, 26 de julho de 2011

PAZ E ALEGRIA

Há um louvor antigo, cuja letra diz: “Vindo sombras escuras no caminho teu; Oh! não te desanimes, canta um hino a Deus. Cada nuvem escura um arco-íris traz, quando em teu coração reinar perfeita paz. Se teu coração estiver em paz, bem contente e alegre os dias passarás, se teu coração estiver em paz, verás que um arco-íris cada nuvem traz”.

É possível estar em paz passando por problemas? É possível sentir alegria quando enfrentamos dias difíceis? É possível continuarmos confiantes, quando as circunstâncias nos são desfavoráveis? Sim, é possível, quando aprendemos a depender apenas de Deus.

O apóstolo Paulo na Carta aos Filipenses escreveu: “...pois aprendi a estar satisfeito com o que tenho. Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que o necessário. Aprendi esse segredo e, portanto, sempre e em todo lugar e em qualquer situação, eu me sinto contente, esteja alimentado, ou com fome, tenha muito, ou pouco. Posso enfrentar qualquer coisa com a força que Cristo me dá”. (Filipenses 4:11-13).

Talvez você esteja pensando: “Mas eu ainda não cheguei a esse patamar espiritual. Isso foi possível para o apóstolo Paulo, porém não é para mim”. A declaração de Paulo, sob a orientação do Espírito Santo, vem da comprovação de que Deus é a nossa única fonte de felicidade verdadeira. E ainda mais – Deus nos torna tão felizes quanto Ele é. De modo que, mesmo quando temos pouco daquilo que o mundo oferece, temos bênçãos espirituais que o Senhor nos dá.

Todos procuram a felicidade. Busca-se a felicidade a qualquer preço, mesmo em detrimento do bem-estar do próximo. “O importante é ser feliz”, sustentam os gurus modernos. Mas a felicidade que o mundo nos oferece, quase sempre, está baseada nas circunstâncias favoráveis da vida e em coisas externas ao homem. A felicidade que Deus nos dá vem de dentro do nosso coração, e não depende de qualquer circunstância externa a nós. É por isso que o rei Davi exclamou: “Somente em Deus a minha alma espera silenciosa, porque Dele vem a minha esperança”. (Sl.62:5)

Certas atitudes dos servos de Deus parecem loucura aos olhos humanos. Era incompreensível para os demais presos, Paulo e Silas cantando louvores a Deus, mesmo estando presos, acorrentados e machucados, embora não merecessem ser tratados dessa forma. Assim como os primeiros cristãos tinham um louvor nos lábios, quando eram atirados nas arenas, ou serviam como tochas humanas para iluminar os jardins de Nero. A felicidade que Deus nos dá está presente, mesmo quando enfrentamos as maiores dificuldades. “De todos os lados somos oprimidos pelas dificuldades, porém não somos esmagados nem despedaçados. Ficamos perplexos, porque não sabemos a razão de certas coisas nos acontecerem; porém, não desanimamos nem desistimos. Somos perseguidos, mas Deus nunca nos abandona. Somos derrubados, mas nos erguemos e prosseguimos”. (II Coríntios 4:8-11)

Existe um outro louvor, esse do Renascer Praise que diz: “Mesmo na tribulação, confusão, dias difíceis de choro e solidão, sempre haverá para os que confiam em Deus uma porta aberta…”  Temos a promessa de que Jesus é poderoso para nos socorrer. Ele não somente é poderoso, como também conhece todas as nossas dificuldades e sofrimentos, pois passou por todas as provações, sofreu, quando tentado, e conhece todas as nossas necessidades. (Hebreus 4:15-16) Sendo assim, quando aprendemos o segredo de que Paulo nos fala, nos momentos em que passamos por problemas não murmuramos, resmungamos ou blasfemamos contra Deus; pelo contrário, vamos buscar mais a Deus através da oração, louvar e glorificar o Seu nome, confiando nas promessas de socorro bem presente. “Deus é a nossa proteção e a nossa força. Ele é quem nos ajuda no dia da angústia. Portanto, não ficaremos perturbados, mesmo que o mundo seja destruído, mesmo que as montanhas desabem dentro do mar. (...) Há um rio que corre mansamente pela cidade de Deus, um rio que enche de alegria quem vive lá, o santo lugar de Deus. Por isso, mesmo com confusão por toda parte, ela permanece tranquila, guardada e protegida por Ele”. (Salmo 46)

(Sueli Barão Rocha de Souza, evangélica, professora)

Meu filho, você não merece nada!

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada – por Eliane Brum

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

Outras colunas de Eliane Brum: O amor que sabe do tempo e do vento; A coluna que (quase) ninguém lê; "Minhas raízes são aéreas"; Na pele do outro

PEDIDO DE DISPENSA DO SERVIÇO MILITAR...

Tentem acompanhar o raciocínio!
Eis o pedido:

"Prezado Oficial Militar,
Venho por intermédio desta pedir a minha dispensa do serviço militar. A razão para isto é bastante complexa e tentarei explicar em detalhes. Meu pai e eu moramos juntos e possuímos um rádio e uma televisão. Meu pai é viúvo e eu solteiro. No andar de baixo, moram uma viúva e sua filha, ambas muito bonitas e sem rádio e nem televisão. O rádio e a televisão fizeram com que nossas famílias ficassem mais próximas.
Eu me apaixonei pela viúva e casei com ela.
Meu pai se apaixonou pela filha e também se casou com esta.
Neste momento, começou a confusão.
A filha da minha esposa, a qual casou com o meu pai, é agora a minha madrasta.
Ao mesmo tempo, porque eu casei com a mãe, a filha dela também é minha filha (enteada).
Além disso, meu pai se tornou o genro da minha esposa, que por sua vez é sua sogra. A minha esposa ganhou recentemente um filho, que é irmão da minha madrasta.
Portanto, a minha madrasta também é a avó do meu filho, além de ser seu irmão.
A jovem esposa do meu pai é minha mãe (madrasta), e o seu filho ficou sendo o meu irmão.
Meu filho é então o tio do meu neto, porque o meu filho é irmão de
minha filha (enteada).
Eu sou, como marido de sua avó, seu avô. Portanto sou o avô de meu  irmão. Mas como o avô do meu irmão também é o meu avô, conclui-se que eu sou o avô de mim mesmo!!! Portanto, Senhor Oficial, eu peço dispensa do serviço militar baseado no fato de que a lei não permite que avô, pai e filho sirvam ao mesmo tempo.
Se o Senhor tiver qualquer dúvida releia o texto várias vezes (ou tente desenhar um gráfico) para constatar que o meu argumento realmente verdadeiro e correto.

Ass: Avô, pai e filho."

Conclusão: O Rapaz foi dispensado – Diz-se que o fato é verídico.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Princípio do Maior e Melhor Uso

Por Ken Korkow

Quando trabalhava no mercado imobiliário, uma das abordagens que usávamos para avaliar o valor de uma propriedade recebia o nome de “maior e melhor uso”. Se alguém chegasse e me dissesse: “Herdei 160 acres. Por favor, diga-me quanto isso vale?”, eu lhe perguntaria: “Onde a área está localizada? Para que está sendo usada neste momento? Para o que está sendo usada a terra adjacente a ela?”

Se a área estivesse no meio de Nebraska, fosse plana, com bom solo, bastante água, eu diria que a propriedade valeria milhares de dólares por hectare. Entretanto, se estivesse localizada próxima ao nosso rancho em Dakota do Sul, com solo pobre, montes de pedras, terreno montanhoso, não sendo o habitat de nenhuma vida selvagem, com índice de chuvas anuais baixo, valeria apenas algumas centenas de dólares por hectare. Mas se acontecesse dos 160 hectares estarem situados no centro de Dallas, no Texas, cada um dos seus 4.047 m2 por hectare valeria uma fabulosa soma de dinheiro.   

Apliquemos este princípio de avaliação à nossa própria vida. Qual o maior e melhor uso para ela? Vale a pena fazer essa consideração, mas nem sempre é fácil determinar a resposta. Por exemplo, você pode apreciar jogar golfe, mas se nunca melhora seu número de tacadas, dedicar-se para ser jogador profissional não parece sábio. Fotografar pode ser um hobby que lhe dê prazer, mas se você não tem  habilidades técnicas ou talentos artísticos, provavelmente não deve tentar fazer carreira em fotografia. 

Olhando para minha própria vida, concluí que duas coisas fiz com naturalidade: lutar na guerra (servi como combatente no Vietnã) e ganhar muito dinheiro vendendo fazendas e ranchos. Mas já não faço nenhuma das duas coisas, porque cheguei à conclusão de que não eram o maior e melhor uso para minha vida. 

Não faz muito tempo li uma afirmação que me levou a pensar sobre isso: “Veja o incrível desperdício que Deus faz com Seus santos, de acordo com o julgamento do mundo. Parece que Deus planta Seus santos nos lugares mais desnecessários. E então dizemos: ‘Deus quer que eu esteja aqui porque sou muito útil para Ele’. Contudo, Jesus jamais mediu Sua vida por onde Ele era mais útil. Deus coloca Seus santos onde eles promoverão maior glória para Ele, e nós somos totalmente ineptos para julgar onde seria esse lugar” – Oswald Chambers, em “O Máximo de Mim Para Sua Exaltação”. 

Durante Seu tempo na Terra, Jesus possuía muitos talentos e habilidades, mas eles não determinaram o que Ele fez com a Sua vida. Ao contrário, Sua motivação primeira foi “conhecer e obedecer a vontade do Pai” (João 5.30; 6.38-40; 15.10; Marcos 12.28-30). 

Lutei com a pergunta: “Qual o melhor e maior uso para minha vida?”  Determinei que minha mais elevada vocação é aprender a conhecer Cristo mais intimamente e deixar intencionalmente que Ele viva em mim. Em minha opinião nada mais chega nem remotamente perto disso. E nada mais é mais empolgante e recompensador!

E você, tem a visão eterna que incendeia sua paixão na Terra? Todos temos responsabilidades diárias no trabalho, mas até mesmo elas deveriam ser vistas em termos de eternidade. Em Efésios 2.10 está escrito: “Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora; em nossa união com Cristo Jesus Ele nos criou para que fizéssemos as boas obras que Ele já havia preparado para nós”.

Você está consciente das “boas obras” que Deus preparou para você fazer? 

Próxima semana tem mais!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Aprendendo a ser tolerante…

TOLERÂNCIA  - Definição: Tendência a admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferem dos de um indivíduo ou de grupos determinados; sem arbitrariedade (preconceitos, discriminação). Na Bíblia, longanimidade e paciência estão relacionados com a tolerância.
1. Ser tolerante significa ter amor e consideração por aqueles que não são como nós.
· Mateus 5:43-47 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. 44Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, 45para que sejais filhos do Pai que está nos céus. Ele faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons, e envia chuva sobre justos e injustos. 46Se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os cobradores de impostos também o mesmo? 47E se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também assim?
· Romanos 12:18 Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. [Cf. Salmo 34:14.]
· Romanos 14:2-6 [Os ensinamentos de Paulo sobre tolerância:] Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes. 3O que come não despreze o que não come, e o que não come não julgue o que come, pois Deus o recebeu por Seu. 4Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. E estará firme, pois poderoso é Deus para o firmar. 5Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. [Às vezes precisamos simplesmente “concordar em discordar” em pequenos assuntos.] 6Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, pois dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.
· 1 Coríntios 3:1-5 [Ser intolerante quanto às diferenças dos outros pode ser imaturidade.] Eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. 2Com leite vos criei, e não com alimento sólido, pois ainda não estáveis prontos para isso. Com efeito, ainda agora não estais prontos. 3Ainda sois carnais. Pois havendo entre vós inveja e contendas, não sois carnais, e não andais segundo os homens? 4Pois dizendo um: Eu sou de Paulo, e outro: Eu de Apolo, não sois carnais? 5Afinal de contas, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e isto conforme o que o Senhor deu a cada um?
· Filipenses 3:15 [Em certas ocasiões quando existem diferenças de opinião, precisamos simplesmente deixar o Senhor mostrar às pessoas se estão certas ou erradas.] Todos quantos somos perfeitos [maduros] tenhamos este sentimento. E, se pensais de outra maneira, também Deus vo-lo revelará.
· 1 Tessalonicenses 5:15 Vede que ninguém retribua a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem uns para com os outros, e para com todos.
· Hebreus 12:14 Segui a paz com todos e a santificação; sem a santificação ninguém verá o Senhor.
2. Ser tolerante significa ser paciente e perdoar os erros dos outros.
· Mateus 18:21,22 Então, Pedro, aproximando-se, Lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? 22Jesus lhe respondeu: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
· Lucas 17:4 Se pecar contra ti sete vezes no dia e sete vezes no dia vier ter contigo, e disser: Arrependo-me; perdoa-lhe.
· Romanos 15:5 [Estar ciente da paciência de Deus para com os nossos erros e pecados ajuda-nos a ser tolerantes.] Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus.
· 1 Coríntios 13:4a,7 O amor é paciente, é benigno. ... 7Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
· 2 Coríntios 6:4,6 [Bons líderes têm muita paciência e tolerância.] Antes, como ministros de Deus, recomendamo-nos em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, ... 6na pureza, no saber, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido.
· Efésios 4:1b,2 Andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor.
· Colossenses 3:12,13 Portanto, como eleitos de Deus, santos e amados, revesti-vos de compaixão, de benignidade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. 13Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós.
3. Ser tolerante significa compreender aqueles que são mais fracos.
· Romanos 14:1 [A Palavra nos encoraja a tolerar as fraquezas uns dos outros, a menos quando seja dar voz a dúvidas ou semear discórdia.] Ora, quanto ao que é fraco na fé, recebei-o, mas não para condená-lo em questões discutíveis. [Cf. Jó 4:3,4.]
· Romanos 15:1,2 Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação.
· Gálatas 6:1 Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, corrige o tal com espírito de mansidão. Mas olha por ti mesmo, para que não sejas também tentado.
· 1 Coríntios 10:23,24 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam. 24Ninguém busque o proveito [bem-estar] próprio, antes cada um o que é de outrem.
4. Para ser cativante, converse com as pessoas sobre as questões em que concordam e o que têm em comum.
· Lucas 9:49,50 [Jesus enfatizou o positivo:] João disse: Mestre, vimos um que em Teu nome expulsava demônios, e nós o proibimos de fazer isso porque não segue conosco. 50E Jesus lhe disse: Não o proibais, pois quem não é contra vós é por vós.
· Romanos 14:19 Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.
· 1 Coríntios 9:19-22 [Paulo era adaptável, relacionando-se com as pessoas no seu nível em vez de esperar que elas se adaptassem a ele. Deste modo ele pôde ganhar para Cristo muitas pessoas que de outro modo não teriam escutado.] Embora eu seja livre para com todos, fiz-me servo de todos, para ganhar ainda mais. 20Fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. 21Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. 22Fiz-me fraco para com os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios, chegar a salvar alguns.
· Efésios 4:3 Procurando guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz.
· Filipenses 1:15-18 [Paulo demonstrou grande tolerância para com outros cristãos, alguns dos quais até se opunham a ele:] Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia [ambição egoísta], mas outros, de boa mente. 16Estes, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. 17Aqueles, contudo, anunciam a Cristo por contenda, não sinceramente, julgando suscitar aflição às minhas cadeias. 18Mas que importa? contanto que Cristo, de qualquer modo, seja anunciado, ou por pretexto ou de verdade, nisto me regozijo, sim, e me regozijarei.
· Filipenses 4:8 [Procurar o bem nos outros nos ajuda a tolerar as suas fraquezas e erros.] Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
5. O Senhor espera que sejamos tolerantes, assim como apreciamos a tolerância dos outros.
· Levítico 19:34a [Tolerância se adquire colocando-se no lugar da outra pessoa.] Como o natural, entre vós será o estrangeiro que peregrina convosco. Amá-lo-eis como a vós mesmos, pois fostes estrangeiros na terra do Egito.
· Mateus 7:2-5 [Se formos intolerantes e nos considerarmos melhores do que os outros, estamos cometendo um pecado ainda maior.] Pois com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido, hão de vos medir. 3Por que reparas tu no cisco que está no olho do teu irmão, mas não percebes a trave que está no teu? 4Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o cisco do teu olho, estando uma trave no teu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás claramente para tirar o cisco do olho do teu irmão.
· Mateus 7:12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o vós também a eles, pois esta é a lei e os profetas.
· Lucas 6:31-33 Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também. 32Se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aos que os amam. 33Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem o mesmo.
6. Você não deveria tolerar o mal ou o malefício deliberado.
· Gênesis 6:3a [Desobediência e rebelião contínuas acarretarão a retribuição do Senhor.] Então disse o Senhor: Não permanecerá o Meu Espírito para sempre com o homem.
· Neemias 13:28 [Neemias expulsou de seu convívio um traidor transigente que, embora filho do sumo sacerdote, casou-se com a filha do arquiinimigo de Israel, Sambalate:] Um dos filhos de Joiada, filho do sumo sacerdote Eliasibe, era genro de Sambalate, o horonita, pelo que o afugentei de mim.
· Salmo 101:3b-5 [O rei Davi jura a Deus que não vai tolerar nem transigir com encrenqueiros retrocedentes:] Aborreço as ações daqueles que se desviam; nada disto se me pegará. 4Longe de mim o coração perverso; não conhecerei o mal. 5Aquele que difama o seu próximo, às escondidas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o sofrerei.
· Provérbios 29:1 O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, será destruído de repente sem que haja cura.
· Isaías 42:14 [Deus demora para ficar zangado, mas quando finalmente julga, é de forma bem completa e rápida.] Por muito tempo Me calei, estive em silêncio, e Me contive. Mas agora darei gritos como a que está de parto, arfando e arquejando.
· Isaías 63:9,10 [Primeiro, o Senhor é compassivo e bem compreensivo, mas se nos rebelarmos constantemente contra o Seu Espírito, podemos contar com um castigo.] Em toda a angústia deles foi Ele [Deus] angustiado, e o anjo da Sua face os salvou. Em Seu amor e compaixão Ele os remiu; Ele os tomou, e os conduziu todos os dias da antigüidade. Contudo eles foram rebeldes e contristaram o Seu Espírito Santo. Pelo que se lhes tornou em inimigo, e Ele mesmo pelejou contra eles.
· Provérbios 22:10 [Chega uma hora quando precisamos jogar fora todas as laranjas podres da caixa.] Lança fora o escarnecedor, e se vai a contenda; cessam a questão e a vergonha.
· Mateus 18:15-17 [As diretrizes claras de Jesus para disciplinar erros dos irmãos.] Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste a teu irmão. 16Mas, se não te ouvir, leva contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. 17E, se não as ouvir, dize-o à igreja; e, se também não ouvir a igreja, considera-o como gentio e cobrador de impostos.
· Romanos 16:17 [Paulo nos avisa para não coexistirmos com aqueles que continuamente causam divisão entre os irmãos.] Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes. Desviai-vos deles.
· Mateus 4:9-11 [Não dê ouvidos ao diabo nem o tolere:] E Lhe disse: Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares. 10Então Jesus lhe disse: Vai-te, Satanás! Pois está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás. 11Então o diabo O deixou.
· Efésios 4:27 E não deis lugar ao diabo.
· 2 Tessalonicenses 3:6,14,15 [Problemas graves justificam uma excomunhão, mas mesmo assim as pessoas deveriam ser tratadas com amor fraternal.] Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebestes. ... 14Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos associeis com ele, para que se envergonhe. 15Todavia, não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão. [Cf. 1 Coríntios 5:11-13; 1 Timóteo 6:5.]
· Apocalipse 2:21,22 [Eu Jesus] Dei-lhe [à igreja desviada de Tiatira] tempo para que se arrependesse da sua imoralidade, mas ela não se arrependeu. 22Portanto, lançá-la-ei num leito de dores, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram [espiritualmente], caso não se arrependam das obras que ela incita.
7. Deus tem amor, paciência e tolerância sobrenaturais para conosco. Deveríamos agir da mesma forma com os outros.
· 2 Crônicas 7:14 Se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar, e orar e buscar a Minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então Eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.
· Salmo 86:15 Mas Tu, ó Senhor, és Deus compassivo e gracioso, lento para irar-se, e abundante em amor e fidelidade.
· Salmo 103:8-10 Compassivo e piedoso é o Senhor, lento para a cólera, e abundante em amor. 9Não repreenderá perpetuamente, nem para sempre conservará a Sua ira. 10Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniqüidades.
· Isaías 48:9 Por amor do Meu nome, retardo a minha ira e por amor do Meu louvor me contenho para contigo, para que te não venha a exterminar.
· Atos 17:30 [A tolerância de Deus também depende da nossa responsabilidade:] Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens, em todos os lugares se arrependam.
· Romanos 2:4 Ou desprezas tu as riquezas da Sua bondade, tolerância e paciência, ignorando que a bondade de Deus te leva ao arrependimento?
· Romanos 5:8 Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
· 2 Pedro 3:9 O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia. Ele é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se.
8. Ser tolerante e esforçar-se por manter a paz que gera bênçãos e felicidade.
· Provérbios 12:20b Alegria têm os que aconselham a paz.
· Gálatas 5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade.
· Colossenses 1:11 [Sejam] corroborados com toda a fortaleza, segundo a força da Sua glória, em toda a paciência, e longanimidade com gozo.
· Mateus 5:9 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Canção do Amigo

(Ludmila Ferber)

Se precisar de um amigo, olha pra dentro de mim.
Podes errar e magoar, mas estou aqui.
Pra te ajudar, sou teu amigo até o fim.
O verdadeiro amigo sabe o valor do perdão.
Porque amar e perdoar são da mesma essência e raiz.
Vêm das fontes eternas de Deus.
Amigo se faz em tempos de paz,
Mas na angústia é que se prova o seu amor
Amigo se é na glória e na dor.
Quem é amigo, suporta e crê.
Quem é amigo é fiel até o fim.