segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quando Deus não Intervém…

Pr. Ronaldo Lidório

Como crer em Deus e no cristianismo quando não vejo a manifestação sobrenatural e interventiva do Senhor em minha vida e em meus conflitos? Como acreditar em minha religião cristã quando a bênção não vem, a cura não chega e não encontro uma resposta inteligível à minha oração?

Refletindo a respeito do efeito da fé cristã em nossa vida, pude começar a entender que as diferenças entre a verdadeira e a falsa religiosidade tornam-se mais visíveis quando nos encontramos em crise. E quando estamos em crise, pensamos apenas em uma coisa: na possibilidade de Deus intervir.

Antes de mais nada, precisamos crer que a missão mais importante da igreja não é proclamar o evangelho, não é se expandir, e tampouco conquistar a mídia e impactar a sociedade. A primeira missão da igreja é morrer. É perder os valores da carne e ser revestida com os valores de Deus. É se "desglorificar" para glorificar a Deus.

Certa vez perguntaram a George Müller: - Qual o segredo do seu sucesso ministerial? 
A resposta dele veio de imediato: - O segredo de George Müller é que George Müller morreu já há alguns anos.

Normalmente olhamos para a nossa crise pessoal de forma hedônica, na expectativa de ver o sobrenatural acontecer. Assim, o que esperamos é uma intervenção de Deus que satisfaça o desejo do nosso coração. Conseguimos ver apenas o que nos envolve - nossa vida, nossos bens, família, saúde, igreja e ministério - é aí que esperamos que Deus intervenha. Entretanto precisamos compreender que Deus é maior do que nós; que o projeto do Senhor é maior que o nosso projeto pessoal; que a glória de Deus é maior que a glória do homem.

Quase sempre pontuamos nossos sermões com episódios nos quais Deus interveio e o fez sobrenaturalmente. Ele fechou a boca dos leões, esfriou o fogo de uma fornalha, abriu caminho no mar, destruiu fortes muros de grandes cidades, derrubou gigantes, esmagou reis e reinos, deteve o Sol, enviou anjos para fortalecer um exército enfraquecido, deu vista a cegos, limpou a pele de leprosos, fez até mortos ressurgirem. Deus interveio. E quando o Senhor intervém, o nome dele é exaltado, elevado, louvado, é tremendamente glorificado. Deus é Deus. Com certeza era isto o que aquele guerreiro de Israel gritava enquanto via os muros de Jericó ruírem pela força do Senhor: "Deus é Deus!"

Contudo há momentos em que Deus não intervém milagrosamente. Mesmo estando presente, sendo o Senhor da história, o Dono da situação, o Pai amoroso, ele não intervém. A "galeria dos heróis da fé" de Hebreus nos fala de homens que foram cortados ao meio, uns lançados em cova de leões, outros torturados, maltratados e que não experimentaram libertação. Vemos ali mulheres que perderam repentina e tragicamente seus entes queridos; e filhos que perderam os pais de uma forma triste e penosa.

C. West afirma que nos voltamos para Deus à procura de ajuda quando os nossos alicerces estão estremecendo, e então descobrimos que é Deus quem os faz estremecer.

Creia. Deus está no controle dos incontroláveis momentos da sua vida. Ele está no controle do alicerce, da fundação da sua existência. Se o sofrimento vier, se a provação chegar, se a cura não acontecer, se o acidente lhe tirar aquilo que você tem de mais precioso na vida, saiba que no projeto do reino de Deus, além do horizonte, além da sua e da minha visão, além da nossa limitada realidade do momento, o nome do nosso Deus será glorificado. E glorificar o nome do Senhor é a prioridade que Deus estabeleceu. E essa deve ser a prioridade da igreja.

Nós não chamamos isso de fatalidade, destino, acaso, sorte ou de "coisas da vida". Nós chamamos isso de soberania de Deus.

É necessário que um dia digamos: "Eu não permitirei que minha vida seja um baú de desespero e melancolias. Não deixarei que minha mente seja um poço de amarguras e más recordações. Eu não dependo da crise, ou da ausência dela, para ser feliz. Não é a prosperidade ou o sofrimento que definem a minha felicidade. Quanto a mim, eu esperarei no Senhor."

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mudança Pela Renovação da Mente

Por Rick Warren

Quase todos nós temos algo que gostaríamos de mudar em nós mesmos, no nosso trabalho, nos relacionamentos ou nas ações e hábitos diários. Para mudar nossa vida, entretanto, é preciso mudar primeiro a forma como pensamos. Por trás de tudo quanto fazemos está um pensamento. Todo comportamento é motivado por uma crença. E cada ação é induzida por uma atitude.  

Ouvindo os gurus dos tempos modernos falam sobre isso pode parecer que se trata de uma descoberta surpreendente. Mas Deus revelou essa verdade milhares de anos antes que psicólogos a compreendessem: “Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos” (Provérbios 4.23). 

Para ilustrar, imagine-se num lago navegando em uma lancha, cujo piloto automático o está levando para leste. E você decidiu reverter o curso e rumar para oeste. Haverá duas maneiras possíveis para fazer isso. Uma, agarrando o leme e fisicamente forçar a lancha a ir em direção oposta; usando força você poderia superar o piloto automático, apesar de contínua resistência. Seus braços ficarão cansados e acabarão tendo que soltar o leme e a lancha voltaria instantaneamente para leste. A mudança será apenas temporária. Ao deixar de forçar a mudança, tudo voltará ao que era antes. 

É o que acontece quando tentamos mudar nossa vida pela força da vontade. Dizemos a nós mesmos: “Vou me obrigar a... comer menos; parar de fumar; deixar de ser desorganizado; de me atrasar; não responder irritadamente quando estou sob pressão”... Força de vontade produz mudanças de curta duração e cria estresse interno constante, porque não lidamos com a raiz das causas daquilo que pretendemos mudar. Fazer mudanças não parece ser natural, exigindo muito esforço e força de vontade. E assim, desistimos e deixamos prá lá a dieta, acendemos outro cigarro, chegamos atrasados para reunião importante e reagimos com irritabilidade despropositada. 

Mas existe maneira melhor e mais fácil: mudar o “piloto automático” – nossa maneira de pensar. Ou, como a Bíblia diz, nos dispondo a permitir que Deus a mude. “Deixe que Deus o transforme numa nova pessoa mudando a maneira como você pensa...” (Romanos 12.2 – tradução livre). 

Mudanças devem começar na mente. A maneira como pensamos determina como nos sentimos e isso influencia nossas ações, o que significa que “é preciso haver uma renovação espiritual de nossos pensamentos e atitudes” (Efésios 4.23-tradução livre). 

Ter a mente de Cristo. A Bíblia ensina a ter “a mente de Jesus Cristo” e chama essa mudança mental de “arrependimento”. A palavra no original grego (metanuo) significa literalmente “mudança de mente e de direção” (Marcos 1.17).

Mude o modo de pensar. Mude sua maneira de pensar sobre Deus, sobre você mesmo, sobre o pecado, sobre outras pessoas, a vida, seu futuro. Tudo enfim. Adote a perspectiva de Cristo a respeito da vida, seguindo-O!

Próxima semana tem mais!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Enfrentando Tempestades na Vida

Por Robert J. Tamasy

Diversos tornados rasgaram caminho através da nossa comunidade recentemente. Ninguém morreu, mas várias residências foram severamente danificadas, muitas por árvores que foram arrancadas pelas raízes e lançadas contra as casas. Isso me lembrou o comentário de um empresário japonês após observar as consequências da passagem de um furacão. Ele disse que inúmeras belas árvores tinham sido arrancadas e espalhadas como se fossem ervas. Outras, porém, imponentes, tinham permanecido de pé, sem ser afetadas pela tormenta. Ele notou uma diferença: as árvores derrubadas possuíam raízes superficiais. Quando a chuva e os ventos chegaram, caíram com relativa facilidade. 

Os que labutam no turbulento mundo empresarial e profissional sabem que o mercado global tem experimentado mudanças violetas e frequentemente inesperadas. Muitas organizações não sobrevivem a essas tempestades de incertezas. E como será que como indivíduos ou corporações fazemos para resistir aos ventos de mudança? Como evitar ser desarraigado e lançado à distância para perecer?

A chave é um sólido e resistente sistema de raízes. Corporativamente falando isso abrange um vigoroso sentido de missão. Em essência, “Por que estamos aqui e o que estamos fazendo?” Igualmente importantes são os valores que abraçamos. Isso responde à questão: “De que forma fazemos o que nos propomos fazer?”  Em outras palavras, quais as questões éticas inegociáveis? Quais os padrões com os quais nunca transigiremos, não importa a circunstância?

Outra parte importante do sistema de raízes  é a visão: onde estamos e para onde caminharemos? Como afirma Provérbios 29.18, “Onde não há visão, o povo perece...”. Podemos adotar os valores da cultura que nos rodeia; podemos escolher nossa missão entre inúmeras fontes; nossa visão pode assumir diversas formas. Porém, mesmo no século XXI, um sistema de raízes é incomparável: a Palavra de Deus. Eis algumas sugestões:

Fundamento sólido permanece vigoroso. Falando a Seus seguidores Jesus Cristo apresentou a analogia de uma construção. “Quem ouve esses Meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sábio que construiu a sua casa na rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Porém ela não caiu porque havia sido construída na rocha” (Mateus 7.24-25). 

Fundamento instável desmorona rapidamente. Jesus avisou sobre a tolice de saber o que é certo e não colocá-lo em prática. “Mas quem ouve esses Meus ensinamentos e não vive de acordo com eles é como um homem sem juízo que construiu a sua casa na areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Ela caiu e ficou totalmente destruída” (Mateus 7.26-27). 

Fundamento eterno enfrenta qualquer tempestade. O mais seguro sistema de raízes, a Bíblia, declara que o segredo é estar firmado em crescente relacionamento com Deus através de Jesus Cristo. Ele estabelece nossa missão, define os valores e torna clara a visão. “Portanto, já que vocês aceitaram Jesus Cristo como Senhor, vivam unidos com Ele. Estejam enraizados Nele, construam a sua vida sobre Ele e se tornem mais fortes na fé...” (Colossenses 2:6-7).

Próxima semana tem mais!

Enfrentando Tempestades na Vida

Por Robert J. Tamasy

Diversos tornados rasgaram caminho através da nossa comunidade recentemente. Ninguém morreu, mas várias residências foram severamente danificadas, muitas por árvores que foram arrancadas pelas raízes e lançadas contra as casas. Isso me lembrou o comentário de um empresário japonês após observar as consequências da passagem de um furacão. Ele disse que inúmeras belas árvores tinham sido arrancadas e espalhadas como se fossem ervas. Outras, porém, imponentes, tinham permanecido de pé, sem ser afetadas pela tormenta. Ele notou uma diferença: as árvores derrubadas possuíam raízes superficiais. Quando a chuva e os ventos chegaram, caíram com relativa facilidade. 

Os que labutam no turbulento mundo empresarial e profissional sabem que o mercado global tem experimentado mudanças violetas e frequentemente inesperadas. Muitas organizações não sobrevivem a essas tempestades de incertezas. E como será que como indivíduos ou corporações fazemos para resistir aos ventos de mudança? Como evitar ser desarraigado e lançado à distância para perecer?

A chave é um sólido e resistente sistema de raízes. Corporativamente falando isso abrange um vigoroso sentido de missão. Em essência, “Por que estamos aqui e o que estamos fazendo?” Igualmente importantes são os valores que abraçamos. Isso responde à questão: “De que forma fazemos o que nos propomos fazer?”  Em outras palavras, quais as questões éticas inegociáveis? Quais os padrões com os quais nunca transigiremos, não importa a circunstância?

Outra parte importante do sistema de raízes  é a visão: onde estamos e para onde caminharemos? Como afirma Provérbios 29.18, “Onde não há visão, o povo perece...”. Podemos adotar os valores da cultura que nos rodeia; podemos escolher nossa missão entre inúmeras fontes; nossa visão pode assumir diversas formas. Porém, mesmo no século XXI, um sistema de raízes é incomparável: a Palavra de Deus. Eis algumas sugestões:

Fundamento sólido permanece vigoroso. Falando a Seus seguidores Jesus Cristo apresentou a analogia de uma construção. “Quem ouve esses Meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sábio que construiu a sua casa na rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Porém ela não caiu porque havia sido construída na rocha” (Mateus 7.24-25). 

Fundamento instável desmorona rapidamente. Jesus avisou sobre a tolice de saber o que é certo e não colocá-lo em prática. “Mas quem ouve esses Meus ensinamentos e não vive de acordo com eles é como um homem sem juízo que construiu a sua casa na areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Ela caiu e ficou totalmente destruída” (Mateus 7.26-27). 

Fundamento eterno enfrenta qualquer tempestade. O mais seguro sistema de raízes, a Bíblia, declara que o segredo é estar firmado em crescente relacionamento com Deus através de Jesus Cristo. Ele estabelece nossa missão, define os valores e torna clara a visão. “Portanto, já que vocês aceitaram Jesus Cristo como Senhor, vivam unidos com Ele. Estejam enraizados Nele, construam a sua vida sobre Ele e se tornem mais fortes na fé...” (Colossenses 2:6-7).

Próxima semana tem mais!